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Tudo que você precisa saber para investir em ações

Há mais de 100 anos as ações são um dos símbolos do capitalismo americano. Tema de inúmeros filmes e causadoras da glória e ruína de ilustres personagens. O investir em ações é algo corriqueiro para o cidadão do país de Wall Street.

Mas, embora o mercado de ações seja tão comum nos Estados Unidos, ele ainda é pequeno no Brasil. Menos de 3% dos Brasileiros investe na Bolsa de Valores. O que significa que é um mercado com ainda um enorme potencial de crescimento.

E mercados com um grande potencial de crescimento são uma oportunidade de ouro para quem sabe aproveitar. Para aqueles que chegam primeiro. E, por isso, muitos brasileiros têm se interessado por essa forma de investimento.

O mercado de ações no Brasil

Durante muitos anos, investir apenas em renda fixa no Brasil era o padrão. Primeiro, porque os juros eram altos e mesmo os investimentos mais conservadores podiam render muito. Segundo, porque existia pouca informação sobre como começar na bolsa de valores.

Sendo assim, a maior parte dos Brasileiros se conformava com a poupança. E, mesmo os mais entendidos, no máximo procurava um tesouro direto ou um CDB. Contudo, os juros baixaram muito nos últimos anos e a renda fixa deixou de ser tão confortável.

Além disso, alguns investidores começaram a ganhar muito dinheiro, aproveitando o crescimento explosivo de algumas empresas nacionais, como a Magazine Luiza. Com isso, cada vez mais pessoas começaram a procurar a renda variável.

E, se você é uma dessas pessoas, que quer entender mais sobre como funciona o mercado de ações, como investir nele, como evitar os riscos e fazer análises, este é o guia para você.

Mas, se você já entende um pouco, ou talvez já até começou a fazer alguns investimentos, não saia agora. Porque também vamos abordar alguns assuntos avançados e que podem ajudar você a investir melhor.

Portanto, se você tem o desejo de investir em ações, seguindo os passos dos maiores investidores de Wall Street. Que multiplicaram exponencialmente seu patrimônio e se tornaram ícones. Então leia agora o guia definitivo de como investir em ações.

O que você vai aprender nesse guia:

Investir em ações é para você?

Mas antes de começar, existe uma pergunta muito importante que você precisa responder. Investir em ações é para você?

Não é porque muitas pessoas investem em ações, que você deve investir também. Cada investidor tem um perfil, uma tolerância ao risco e objetivos diferentes. E o investimento em ações não é para todo mundo.

Este artigo não é uma recomendação de investimentos. Saber em quais ativos investir é uma decisão pessoal. E, se necessário, você pode buscar a orientação de um consultor de investimentos credenciado pela CVM.

E um dos passos mais importante para tomar essa decisão é saber qual o seu perfil de investimento.

Qual o seu perfil de investidor

O perfil de investidor é uma classificação, em 3 categorias, do tipo de investidor que você é. O seu perfil é definido por alguns parâmetros, mas principalmente a sua tolerância ao risco.

Dessa forma, o seu perfil de investidor vai definir quais tipos de investimentos são mais recomendados para você. Entretanto, ele não é uma regra. É um guia para ajudar você a tomar suas decisões de investimento.

Existem 3 perfis de investidor nos quais você pode se encaixar: conservador, moderado ou arrojado. E, para saber em qual deles você se encaixa, realiza-se um teste. Então, o resultado do teste indica qual perfil combina mais com suas respostas.

Hoje, a maior parte das corretoras e bancos oferece esse teste de forma gratuita.

Nesse teste, o seu perfil de investidor é determinado através de alguns parâmetros. Mas os principais deles são: segurança, rentabilidade e liquidez.

As bases para definir seu perfil de investidor

Segurança é a sua tolerância ao risco. Se você tem medo de variações bruscas no valor dos seus ativos, ou não lida bem com prejuízos, a segurança é um fator dominante para você. Geralmente, a segurança está relacionada com a preservação do patrimônio.

Rentabilidade é o tamanho do ganho que você busca com seus investimentos. Claro, todo mundo quer ganhar o máximo possível. Porém, é importante lembrar que altos ganhos geralmente estão relacionados a maiores riscos.

Por isso, se o seu maior objetivo é o aumento do seu patrimônio, não tem medo do risco de um prejuízo e está disposto a dedicar tempo e esforço para estudar os seus investimentos, a maior importância é para a rentabilidade.

Por fim, a liquidez poderia estar dentro de segurança, mas é um critério a parte porque afeta os investimentos de forma não homogênea. Ou seja, tanto ativos de renda fixa, como de renda variável, podem ter variações grandes de liquidez.

Por exemplo, certos títulos de renda fixa tem um resgate apenas após um número de anos. E algumas ações tem uma liquidez tão baixa que não da para saber quando se encontrará um comprador.

Por isso, é importante saber se você pode precisar retirar seus investimentos de forma urgente, liquidez diária, ou se pode esperar algum tempo.

Você deve investir em ações

Após definir o seu perfil de investidor, você poderá definir se deve ou não investir em ações.

Hoje, por lei, apenas investidores com perfil arrojado podem receber das corretoras recomendações de investimento na bolsa da valores.

Isso não significa que apenas investidores arrojados podem investir em ações, mas é importante saber que ações são um tipo de investimento com maior risco. O preço das ações varia e não existe garantia que você não terá prejuízo.

Portanto, se você tem dúvidas se é um investimento adequado para você, estude mais, converse com investidores mais experientes e procure um consultor de investimentos certificado para te guiar.

Apenas você pode tomar essa decisão. Porém, não se sinta pressionado a nada. Nem todo investimento se adequa a todas as pessoas. Cada investidor é diferente.

Você não precisa investir também só por que “todo mundo” está investindo.

É possível ganhar dinheiro investindo em ações?

Uma dúvida que vários investidores iniciantes têm é se é possível ganhar dinheiro investindo em ações.

Existem vários filmes, histórias que a gente escuta, mas e na prática? Será que ações é um investimento apenas para empreendedores muito ricos e com informações privilegiadas?

Agora você vai tirar essa dúvida, e descobrir se é possível para o investidor amador ganhar dinheiro com ações.

Para começar a responder essa pergunta, precisamos avaliar dados reais. Para não ser algo baseado em achismos e opiniões. Portanto, vamos ver alguns casos reais de investidores em ações.

A história real de grandes investidores

Um dos investidores mais conhecidos do mundo é Warren Buffet. Ele figura na lista da Forbes como um dos homens mais ricos do mundo e já chegou a ocupar a primeiro lugar em 2008. Atualmente, ele é o CEO da Berkshire Hathaway e tem uma fortuna calculada de mais de 116 bilhões de dólares.

E Buffet é conhecido por ter formado a maior parte da sua fortuna investindo em ações. Ele conquistou um desempenho médio dos seus investimentos acima da média da bolsa americana por mais de 30 anos.

Outro investidor muito famoso é Peter Lynch. Porém, sua trajetória de vida é um pouco diferente. Vindo de uma família humilde, ele começou trabalhando carregando tacos de golfe. Porém, quando entrou na faculdade com uma bolsa de estudos, começou a investir o pouco dinheiro que tinha.

O seu primeiro investimento foi numa companhia aérea, por 8 dólares cada ação. Logo depois, essa ação se valorizou para 80 dólares cada, multiplicando seu dinheiro em 10 vezes.

Depois disso, seu interesse pelas ações só aumentou e ele começou uma carreira astronômica no mercado financeiro.

Para os pequenos também é possível.

Essas são duas histórias reais de investidores que tiveram muito sucesso no mercado de ações. Mas essas histórias extraordinárias não são as únicas. Centenas de milhares de investidores já ganharam muito dinheiro investindo em ações.

Atualmente, a B3 possui mais de 5 milhões de investidores na bolsa. E, nos últimos 50 anos, o Bovespa obteve uma rentabilidade anual de aproximadamente 7%. Comparado com 1% da poupança.

Isso significa que quem investiu em ações e conseguiu, pelo menos, seguir a média do índice obteve um resultado muito superior ao que teria se tivesse deixado o dinheiro parado na poupança. Como a maioria dos brasileiros fazem.

Grandes oportunidades em ações

Nesse meio tempo, algumas empresas apresentaram valorizações impressionantes. Por exemplo, a Magazine Luiza, cresceu mais de 91.000% em apenas 5 anos. Saindo de apenas 3 centavos, para quase 30 em 2020.

Isso significa que, se alguém investisse 100 reais na empresa em 2015, em 2020 teria mais de 90.000 reais. Mesmo quem não aproveitou toda essa valorização, conseguiu multiplicar seu investimento em centenas de vezes.

Portanto, o investimento em ações apresenta uma grande oportunidade para ganhar dinheiro e multiplicar o seu patrimônio. Desde a época de Peter Lynch, na década de 70, até tão recente quanto 2015.

Ou seja, é possível sim ganhar dinheiro investindo em ações.

Claro, isso não significa que seja garantido. O mercado é variável e é possível perder dinheiro. Além disso, ninguém acerta sempre e mesmo os maiores investidores erram e têm prejuízos.

Porém, aqueles que conseguem encontrar uma estratégia adequada e se adaptar ao mercado, tem um potencial muito grande de lucratividade.

O que é uma ação

Agora você já sabe se deve investir em ações, de acordo com seu perfil. E sabe que é possível ganhar muito dinheiro investindo em ações.

Mas o que esse nome tão falado realmente significa? O que é uma ação? E como elas funcionam?

Antes de começar a investir é importante conhecer e estudar profundamente o assunto. Sem isso, é impossível tomar uma decisão de investimento bem embasada.

E, quando você compra algo sem embasamento, não é um investimento, é uma aposta.

Portanto, vamos começar pelo básico. O que é uma ação?

Para entender o que é uma ação, precisamos entender primeiro como funciona a propriedade de uma empresa. Ou seja, o que é ser dono de uma empresa.

Como funciona o controle de uma empresa

Toda empresa possui um ou mais proprietários. E ser proprietário significa ter pleno controle sobre a companhia. Isso significa que o dono pode tomar qualquer decisão concernente a empresa.

O que produzir, quanto produzir, quantos funcionários contratar, por qual preço vender, etc. O único limite é a legislação do país.

Claro que em uma grande empresa, a maior parte dessas decisões é tomada por funcionários em setores específicos. E pode existir uma diretoria contratada. Mas todas as decisões precisam ser aprovadas pelo dono. E este pode anular qualquer decisão dos funcionários.

Porém, um dos pontos mais fundamentais da propriedade de uma empresa é o direito sobre qualquer lucro gerado por ela. Porque como o dono é quem investe o capital para fazer a empresa funcionar, também lhe é reservado o direito ao lucro das vendas.

É mais fácil entender esse processo pensando em um pequeno negócio. Por exemplo, um vendedor em uma feira. O vendedor é o dono. Foi ele quem comprou ou produziu as mercadorias. É ele quem decide o que e por quanto vender. E ele fica com o lucro das vendas.

É exatamente isso que acontece com uma grande indústria, um grande banco ou qualquer empresa privada que você imaginar. É apenas a escala que é muito maior.

Tipos de propriedade de uma empresa

Embora os direitos do dono da empresa funcionem sempre de forma semelhante, existem algumas diferenças que é importante você conhecer.

Especificamente, existem duas categorias principais: as empresas de capital fechado e de capital aberto. E agora você vai entender a diferença entre elas

As empresas de capital fechado são como no exemplo anterior, uma pequena venda. E a maior parte das empresas se enquadra nessa categoria. Mesmo empresas de grande porte.

O que define esse tipo de empresa é que ela possui um número limitado e conhecido de proprietários. E pode ser apenas um proprietário, ou um grupo de sócios.

Se você já viu o nome de uma empresa, seguido da sigla “Ltd” (Limitada), é isso que significa.

Já nas empresas de capital aberto, a propriedade da empresa não é fixa. Podem existir milhares de sócios. Por isso, elas são conhecidas como sociedades anônimas ou “S.A”.

E, se você estiver seguindo a linha de raciocínio, já deve ter percebido que é exatamente esse último tipo de empresa que possui ações.

Como uma empresa se torna uma S.A.

Ser um acionista significa ser um dos sócios de um tipo de organização especial de empresas. Uma categoria chamada de sociedade anônima.

Para que uma empresa se torne de capital aberto, primeiro ela precisa ser uma empresa estabelecida de capital fechado. O que significa que ela precisa ter uma estrutura grande e bem organizada.

Quando uma dessas empresas quer aumentar o seu crescimento, ela precisa acumular capital para investir. E, geralmente, o capital do dono ou sócios originais não é suficiente para bancar esse crescimento.

Nessa situação, a empresa pode tomar uma de duas opções. Ela pode fazer um grande empréstimo com um banco. Ou ela pode abrir o seu capital.

Caso ela tome um empréstimo com o banco, ela terá uma grande dívida. E o problema com tomar uma dívida em um momento de expansão de crescimento é que o risco é muito alto.

Porque o plano de crescimento ainda é uma aposta e pode ser que não corra como o planejado. Além disso, como está em processo de mudanças, ela fica mais vulnerável a fatores externos negativos, como uma crise.

Portanto, muitas empresas optam por abrir o seu capital. Quando ela faz isso, ela se abre para que outros investidores coloquem dinheiro na empresa. Ou seja, ela abre as portas para que um grande número de pessoas invista capital na empresa.

É por isso que recebem o nome de empresas de capital aberto.

Entretanto, quando isso ocorre, existe um problema de gestão que aparece. Porque se tanta gente colocou dinheiro na empresa, como organizar qual o direito de cada um sobre a empresa?

O que é um acionista?

Quando uma empresa abre o capital, um número muito grande de pessoas, empresas e até o governo investe dinheiro na companhia. Contudo, isso gera uma dificuldade.

Quando se investe dinheiro em uma empresa, você se torna um dos donos. Porque o que dá o direito do dono sobre a empresa e seus lucros, é o investimento para o seu funcionamento.

Sendo assim, todos os que investem dinheiro em uma empresa de capital aberto seriam considerados seus donos. Mas como controlar tudo isso quando esse número pode passar da casa das dezenas de milhares de sócios?

É para isso que se cria o mecanismo conhecido como ações. Para dividir a propriedade da empresa entre todos que investem dinheiro nela. E esses investidores são nomeados como acionistas.

Imagine uma empresa com um único dono. Essa pessoa possui 100% da propriedade da empresa. Ou seja, ela tem direito a 100% dos lucros e pode tomar sozinha qualquer decisão sobre a companhia.

Caso existam 2 ou mais sócios, cada um tem direito a uma parte menor dos lucros e as decisões precisam ser aprovadas por todos. Mesmo que seja pela maioria.

O que as ações fazem é dividir esse 100% de propriedade em milhares, ou milhões, de partes.

Se alguém possui todas as partes, tem 100% de controle sobre a empresa. Se possui metade, tem 50% de controle. E assim por diante, podendo ter 10%, 1% ou qualquer proporção corresponde ao número de partes que possui.

E cada parte é uma ação.

Portanto, um acionista é aquele que que é dono de uma parte da empresa. Uma correspondente ao número de ações que possui.

Como se tornar dono de uma ação

Você entendeu que um acionista é um de milhares de sócios de uma empresa. E que seu poder nela depende do número de ações que se tem.

Mas como alguém se torna dono de uma ação? E como se define quantas ações cada investidor tem direito?

Esse é um processo complexo, conhecido como IPO.

Lembra-se que a empresa abre o capital para arrecadar investimentos? Para isso, ela vai dividir a propriedade em ações; como já foi explicado. E cada ação recebe um preço.

Para investir na empresa, o investidor compra um determinado número dessas ações. Quanto mais ações comprar, mais dinheiro investe na empresa.

Isso é o básico. Se você quiser aprender mais a fundo como o processo de IPO funciona, aqui está um artigo especialmente sobre isso.

Contudo, a maior parte das pessoas não participa do IPO. Que é um processo fechado. Nesse caso, após esse processo, aqueles que compraram ações da empresa podem vender.

E essa venda acontece no mercado de ações.

O mercado de ações

A maior parte dos investidores têm acesso às ações através do mercado de ações. E entender seu funcionamento é crucial para tomar boas decisões de investimento.

Quem investe sem entender a lógica do mercado de ações corre um risco muito grande. Portanto, se você deseja ser um investidor consciente, leia com muita atenção.

O mercado de ações é como um grande mercado, em que qualquer pessoa pode vender, comprar ou emprestar. E todo esse processo é mediado pela bolsa de valores.

A bolsa de valores é a responsável por criar e operar sistemas que permitam as transações e negociações de ações de todas as empresas cadastradas.

Além disso, é a bolsa de valores, em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que determina quais empresas podem ter seus papeis negociados publicamente. E, para isso, estabelece uma série de critérios que precisam ser cumpridos pelas empresas.

Dessa forma, ela garante que o processo será transparente e justo, tanto para as companhias, como para os investidores.

Como funciona a bolsa de valores

Quando um investidor que possui ações deseja vende-las, coloca-as em oferta na bolsa de valores. Quando faz isso, também estipula um preço pelo qual cada ação pode ser comprada.

Ao mesmo tempo, outros investidores podem colocar suas ofertas de compra. Por exemplo, dizendo que compram 100 ações de tal companhia, por tal preço.

Então, a bolsa de valores faz o trabalho de intermediar os dois lados. Pegando as ofertas de venda e comparando com as ofertas de compra. Quando duas ofertas tem o mesmo valor, é realizada a venda.

Além disso, a bolsa de valores também é responsável por ter o controle de quem é o dono de cada ação. E de fazer a troca quando uma venda é efetuada. Assim, todo o processo burocrático é feito nos bastidores. Sem o investidor precisar se preocupar com essa parte.

Em cada país existe uma bolsa de valores diferente. E para comprar ações da empresa de determinado país, é necessário entrar na bolsa de valores correspondente.

A bolsa de valores brasileira é a B3 e é a única autorizada a oferecer esse serviço em território nacional. Antes, já existiram 3 outras empresas: a Cetip, a BM&F e a Bovespa, que passaram por um processo de fusão.

E essa última é a responsável pelo principal índice da bolsa brasileira ser conhecido como índice Bovespa.

O papel das corretoras

O mercado de ações é um mercado aberto e a para operar na bolsa é necessário apenas se cadastrar. Entretanto, você não pode realizar sozinho as negociações de suas ações.

Além da própria B3, existe mais um intermediário importante entre os compradores e vendedores: a corretora.

Para investir em ações é obrigatório ter uma conta em uma corretora de valores. É através da corretora que você vai fazer todas as negociações.

A corretora é uma empresa especializada que oferece múltiplos tipos e categorias de investimentos, não só ações.

Você pode pensar nela como uma corretora de imóveis. Que você apresenta uma lista de objetivos e condições e ela apresenta para você uma lista de produtos recomendados.

Só que, nesse caso, em vez de uma lista de imóveis, ela te apresenta uma lista de investimentos. Seja investimentos em renda fixa, ou renda variável.

Além disso, é na corretora que será gerida toda a parte financeira das transações. O dinheiro do pagamento, do recebimento, e a custódia dos seus investimentos, tudo isso é controlado pela corretora.

Portanto, o papel da corretora é extremamente importante. E escolher uma boa corretora é quase tão fundamental quanto escolher o investimento certo.

Hoje em dia, existem vários tipos de corretora. E várias opções no mercado. E também existem corretoras independentes ou ligadas a grandes bancos.

Qual delas escolher é uma questão pessoal. É importante pesquisar, principalmente as taxas e serviços oferecidos.

Normalmente, as corretoras de grandes bancos possuem taxas maiores. Contudo, alguns investidores que tem medo da fragilidade de corretoras menores preferem pagar mais caro a arriscar.

Entretanto, é importante deixar claro que hoje já existem corretoras independentes bastante sólidas nos Brasil.

A dinâmica do mercado de ações

O mercado de ações é um espaço onde é possível comprar e vender ações e é operado pela bolsa de valores. E o acesso a ela é feito através das corretoras.

Mas além do funcionamento técnico, é importante para o investidor entender a dinâmica do mercado de ações. Porque ele possui uma lógica própria.

Quando a ação é vendida pela empresa pela primeira vez, é realizado um estudo econômico. Esse estudo tem o objetivo de calcular o valor de mercado da empresa. E então, em quantas partes dividir o capital social da empresa.

Com isso, ela determina um preço que considera adequado para cada ação.

Entretanto, depois que ocorre o IPO, o preço das ações pode variar livremente. Porque cada dono de ação pode ofertar pelo preço que quiser. E cada comprador também pode oferecer qualquer valor.

O preço da ação

Assim, o preço que aparece publicamente como o preço atual da ação é uma média do preço oferecido e ofertado por todos os compradores e vendedores naquele momento.

E como é possível alterar essas ofertas a qualquer momento. E entram novos compradores e vendedores com frequência, o preço está sempre oscilando para cima e para baixo.

É por isso que o mercado de ações é conhecido como renda variável. Porque ao comprar uma ação não existe garantia de que o seu preço irá permanecer o mesmo. Nem que irá subir.

O preço da ação pode subir e pode descer. Dependendo de uma quantidade muito grande de fatores.

Portanto, se você quer investir em ações é muito importante ficar ciente que o preço das ações que você comprar pode cair. E é importante estar preparado para lidar com esse risco.

Entretanto, essa variação também é um dos maiores atrativos do mercado de ações. Porque é possível comprar uma ação mais barata e vender quando estiver mais cara. Ganhando lucro

Quais os diferentes tipos de ações

Para operar no mercado de ações, você precisa acessar uma corretora. Então, dentro da corretora, você poderá escolher qual ação comprar.

Hoje em dia, a principal forma que isso é feito é através do home-broker. Que é uma plataforma em que é possível ver todas as ações disponíveis, seus preços e algumas informações.

Além disso, é a partir dela que você irá fazer suas ordens de compra ou colocar suas ações a venda.

Contudo, para pesquisar a ação de uma empresa, você não usa o seu nome real. Cada ação na bolsa possui um apelido. Uma sigla, que identifica a qual empresa pertence aquela ação.

Essa sigla é conhecida como ticket. E é composto por uma série de letras, seguidas de um número.

Por exemplo, a ação ordinária da Petrobras tem o ticket “PETR3”.

Mas existe também a ação PETR4. E algumas empresas possuem ainda outros números. E o investidor iniciante pode ficar na dúvida sobre qual o significado desse número.

Basicamente, o número indica o tipo de ação. Mas quais tipos diferentes de ações existem?

Ações Ordinárias e Preferenciais

Existem muitas classificações diferentes de ações, cada uma indicada por um número diferente no fim do ticket.

Além disso, existe uma categoria especial de ativos relacionados as ações, que também são negociados na bolsa. Os ETFS. E eles tem o número final 11.

Os ETFs são cotas de um fundo, que investe de forma a replicar algum índice. Por exemplo, o próprio índice Bovespa.

Se você quer aprender mais sobre ETFs, temos um guia especial só sobre esse assunto.

Entretanto, embora vendidos na bolsa, os ETFs não são ações.

E, quando se trata de ações, existem duas classificações principais.

Esses são os dois principais tipos de ações negociados pelos investidores. E são os que representam as ações como têm sido discutidas aqui.

Trata-se das ações ordinárias e das ações preferenciais. As duas são representadas pelos números 3 e 4. As ações ordinárias recebem o número 3. E as ações preferenciais recebem o número 4.

Por exemplo, as ações ordinárias da Petrobras, recebem o ticket PETR3. E já as suas ações preferenciais possuem o ticket PETR4.

Além do número no final do ticket, esses dois tipos de ações também são identificados por uma sigla. As ações ordinárias como ON e as ações preferenciais como PN.

Muitos investidores iniciantes não conhecem a diferença entre essas classes. Sendo assim, eles acabam comprando uma ou outra sem embasamento.

Geralmente, acabam tomando como critério apenas o preço ou alguma outra informação não relacionada. Mas isso pode levar a decisões erradas de investimento.

Se você quer ser um investidor bem informado é muito importante entender bem a diferença entre esses dois tipos de ação.

Ações ordinárias

As ações ordinárias são o tipo mais comum de ação. E são caracterizadas como uma ação completa. Ou seja, que possuem todas as características de uma ação.

Como você já viu nesse guia, ações são uma divisão do capital social de uma empresa. Em outras palavras, uma ação é um pedaço da divisão da propriedade de uma companhia.

Isso significa que quem possui uma ação recebe todos os direitos de um dono da empresa. Entretanto, isso só é totalmente verdade para ações ordinárias.

Esse nome significa que são as ações comuns.

Sendo assim, o detentor de uma ação ordinária possui direito a receber uma parte dos lucros da empresa. Além disso, ele tem direito a votar nas assembleias, que decidem o futuro da empresa.

Nessas assembleias, todos os acionistas participam de votações sobre diversos temas relacionados ao funcionamento da empresa. E o valor do seu voto é proporcional ao número de ações que você possui.

Em uma assembleia é discutido tanto questões como a composição da diretoria, os seus salários, decisões de preços e investimento. Sendo assim, a participação nas assembleias é muito importante e tem grande impacto no desempenho do negócio.

Isso significa que os acionistas podem exercer grande impacto no futuro da companhia. E mesmo um acionista com poucas ações pode ter grande influência ao se juntar com vários outros acionistas.

Portanto, o acionista de ações ordinárias pode exercer verdadeiramente uma função como se fosse sócio da empresa. E, por isso, é importante que o investidor fique por dentro das informações sobre a empresa que investe.

Ao comprar ações ordinárias e não exercer esse papel, está se abrindo mão de um direito e uma parte muito importante de ser um investidor em negócios.

Ações preferenciais

As ações preferenciais recebem esse nome, porque garantem ao acionista uma preferência na distribuição de dividendos.

As empresas distribuem parte dos seus lucros para os acionistas. E elas fazem isso através de uma ferramenta conhecida como proventos.

Tanto as ações ON, quanto PN, tem direito a receber os proventos das companhias. Entretanto, as ações PN possuem a preferência e recebem a distribuição de capital primeiro que os acionistas ações ON.

Além disso, as empresas tem uma obrigação legal de distribuir, pelo menos, 25% dos seus lucros para os acionistas preferenciais.

Enquanto essa mesma obrigação não existe para a distribuição de lucros para os acionistas ordinários. E, de fato, algumas empresas pagam quase ou nenhum provento para os acionistas ON durante longos períodos de tempo.

Geralmente, essas empresas estão reinvestindo os lucros no crescimento da empresa. Assim, os acionistas abrem mão de receber uma parte dos lucros, esperando uma maior valorização e crescimento no futuro.

Por fim, um último benefício das ações preferenciais é que no caso de falência da empresa, os seus bens são executados e distribuídos para os acionistas como compensação.

Entretanto, a venda dos bens da companhia pode não ser o suficiente para cobrir todo o valor a ser pago. Nesse caso, as ações PN também tem a preferência de receber primeiro a compensação.

Isso faz com que as ações preferenciais ofereçam várias vantagens. Contudo, elas também têm suas desvantagens.

E a principal delas é que as ações preferenciais não permitem direito a voto nas assembleias da empresa. Isso também significa que não é possível assumir o controle da empresa através de sua compra.

Se você quer saber mais a fundo sobre a diferença entre esses tipos de ações, você pode conferir o nosso guia sobre o tema.

Como o investimento em ações pode gerar lucro

Investir em ações pode parecer muito complicado e desafiador. Mas com a prática é possível aprender todos os passos e se tornar um investidor de sucesso. Mesmo que você seja um investidor iniciante.

E uma das partes mais importantes que o investidor precisa aprender é como se pode ganhar dinheiro investindo em ações.

Você viu no começo deste guia que muitos investidores já multiplicaram várias vezes o seu patrimônio investindo em ações.

E isso atrai muitas pessoas para começar a investir em ações, mesmo sendo um investimento com risco. Mas como exatamente o investidor pode lucrar investindo em ações?

É diferente de um título de renda fixa. Quando você compra um desses papeis, você tem direito a receber o dinheiro investido mais uma taxa extra de juros.

Portanto, é muito fácil entender como esse investimento funciona. E também como e quanto será o ganho feito com o investimento.

Já com ações é muito diferente. Ao comprar as ações da Petrobrás, você não é prometido que vai ganhar 10% de juros depois de um ano.

Para se ganhar dinheiro com ações existem duas principais maneiras.

Através de proventos

A maneira mais direta de aumentar o seu patrimônio investindo no mercado de ações é através da distribuição de proventos das empresas.

Ao comprar uma ação, você se torna um dos donos. Sendo assim, você tem direito a receber uma parte dos lucros.

A distribuição desse dinheiro é chamada de proventos e pode acontecer de duas maneiras. Juros sobre Capital Próprio (JCP) e Dividendos.

Algumas empresas pagam uma porcentagem alta de dinheiro, comparado ao valor da ação. Isso é medido por um parâmetro conhecido como Dividend Yeld.

Assim, é possível receber valores de até 7% ao ano ou mais, apenas em proventos. Competindo com a remuneração de vários títulos de renda fixa.

Infelizmente, a distribuição desses proventos não é tão previsível e podem ocorrer variações. Contudo, existem algumas empresas que pagam altos proventos, com bastante frequência.

Esse é principalmente o caso com empresas maiores e mais desenvolvidas.

Se você quiser saber mais sobre proventos e sobre os diferentes tidos, você pode conferir o nosso guia sobre a diferença entre JCP e dividendos.

Através da variação no preço da ação

A outra forma de lucrar com ações é através da variação do preço da própria ação.

O preço das ações varia com o tempo, podendo subir ou abaixar. Assim, é formado uma flutuação no preço, que nunca é constante.

Sendo assim, quando você compra uma ação, existe uma chance de que o seu preço aumente. Nesse momento, você pode vender as suas ações. E, se alguém comprar, você teria o lucro da diferença.

Por exemplo, se você comprar uma ação por 10 reais, o preço pode subir para 15. Se você vender essa ação a 15, você terá 5 reais de lucro.

Contudo, é sempre importante lembrar que não existe garantia de que o preço de uma ação vai subir. Ele pode ficar o mesmo ou até cair.

Por isso é considerado um investimento de risco. E entender as ações que têm uma chance maior de subir ou descer, é o que torna um investidor de sucesso.

Essa variação no preço da ação forma ciclos, de alta e de baixa. Assim, muitos investidores ganham dinheiro comprando na baixa e vendendo na alta.

Esses investidores são conhecidos principalmente como Traders. E se especializam na compra e venda constante de ações.

Quando essa compra e venda é realizada dentro do mesmo dia, ela é conhecida como Daytrade. E existem algumas regras especiais para esse tipo de operação.

Por que existe variação no preço das ações

Uma das partes mais importantes de ser um investidor em ações é entender o movimento do mercado de ações.

Os preços das ações ao se realizar a abertura de capital da empresa é calculado de acordo com várias análises dos contadores. E um valor específico é definido.

Entretanto, depois que o IPO é realizado, os acionistas podem negociar suas ações livremente. E o preço passa a variar com o tempo.

Essa variação no preço é o que permite que muitas pessoas ganhem dinheiro vendendo as ações após a valorização. Mas também pode levar a um prejuízo caso as ações caiam.

Portanto, é extremamente importante entender as razões para a variação do preço. Assim, o investidor pode entender a lógica do mercado de ações. E tomar melhores decisões de investimento.

Porque o preço varia

Antes de entender os fatores que podem levar o preço a subir ou a descer, é importante entender porque o preço varia.

Esse é um conceito simples. Mas muitas pessoas não entendem a razão para essa variação. E por isso acabam cometendo alguns erros.

O preço das ações varia, porque ele é uma média dos preços oferecidos de compra e venda na bolsa. E os valores oferecidos variam a cada momento.

Isso é realmente muito importante, porque não se pode confundir o preço com o valor do investimento.

Quando se investe em renda fixa, por exemplo, o seu investimento tem um valor. Por exemplo, se você investe 100 reais, esse é o valor do investimento.

Todos os cálculos são feitos em cima dos seus 100 reais investidos e você receberá os 100 reais de volta, mais qualquer rendimento, no fim do período combinado.

Com as ações é totalmente diferente. A sua ação não tem um valor determinado dessa forma. Quando o preço cai, o seu investimento não perdeu valor.

O que caiu é o preço que os investidores estão comprando e vendendo aquela ação que você tem.

Mas se o preço sobe 50%, ou cai 50%, você continuando tendo uma ação da empresa X. Esse é o seu investimento. Uma parte da empresa que você comprou.

Se você compra uma ação por 10 reais, você não investiu 10 reais. Você comprou o investimento de uma ação por 10 reais.

O preço só importa caso você queira vender a ação novamente.

A metáfora do sócio indeciso

Uma metáfora comum para explicar a variação no preço das ações é a do sócio indeciso.

Imagine que você é dono de uma empresa. E você tem um sócio que a montou junto com você.

Todo dia, esse sócio faz uma oferta para você. Mas ele é extremamente indeciso e vive mudando de opinião.

Um dia, ele oferece para comprar sua metade pelo dobro do preço que você investiu. No dia seguinte, ele ficou de mau humor e só quer pagar a metade.

Na semana seguinte, ele decide que não quer ficar mais na empresa. Ele oferece vender a parte dele para você por um valor super pequeno.

Mas no dia seguinte ele muda de ideia e só aceitaria vender por um valor muito alto. Então ele muda de ideia e começa a querer comprar sua parte de novo.

O mercado de ações funciona exatamente dessa maneira. Mas em vez de um sócio, são milhares de investidores que querem comprar ou vender ações daquela empresa.

E a cada dia, dependendo do quanto eles estão otimistas ou pessimistas, eles oferecem valores diferentes.

Mas o preço só é importante se você quer comprar ou vender as ações. Caso contrário, você continua sendo dono da mesma parte daquele negócio.

E o que realmente importa, é se o negócio está indo bem ou mal.

Fatores que influenciam nos preços das ações

Existem vários fatores que influenciam no preço das ações. Ou seja, que podem levar o preço a subir ou descer, de acordo com a vontade dos compradores e vendedores.

E existem 4 principais categorias de fatores: os fatores macroeconômicos, os fatores setoriais, os fatores do negócio e os fatores pessoais.

Vamos apresentar os principais fatores de cada categoria. Mas é importante lembrar que todos esses são tendências. Pessoas podem tomar decisões por todo tipo de motivo. Inclusive motivos puramente emocionais e sem justificativa.

Fatores macroeconômicos são os relacionados a economia do país e do mundo. Crises econômicas, políticas, guerras, e todo tipo de acontecimento de grande impacto pode alterar o preço das ações.

Os fatores setoriais são relacionados com os setores das empresas. Se existe expectativa que ele vai crescer ou diminuir, se existe um problema específico com uma matéria prima importante para todas as empresas daquele ramo, entre outros.

Os fatores do negócio são específicos da empresa. Uma mudança de direção, um problema interno, uma alteração nos preços, a compra de uma nova máquina e tudo relacionado ao futuro da companhia pode alterar a percepção dos investidores do valor dela.

E ainda possuem os fatores pessoais. Por exemplo, uma pessoa que precise vender suas ações para pagar uma dívida ou emergência pode abaixar o preço. E alguém que esteja tentando assumir o controle de uma empresa pode oferecer mais caro para comprar muitas ações.

Quais são os principais riscos ao se investir em ações

O investimento em renda variável é um investimento de risco. Isso você já sabe.

Mas quais os principais riscos que o investidor pode enfrentar?

O bom investidor deve conhece-los e aprender a tomar medidas para reduzi-los. Além disso, ele deve estar preparado para lidar com eles caso ocorram.

Riscos principais

O principal risco ao se investir em ações é o de a empresa ir à falência. Nesse caso, a ação perde todo o seu valor e o prejuízo é máximo.

Outro risco é o de a empresa começar a ter prejuízos constantes. Nesse caso, é um risco que pode levar a falência no futuro. Mas, até lá, a empresa não irá distribuir lucros. E o preço da ação provavelmente cairá. Assim, o investidor terá prejuízos.

Para evitar ser muito afetado por esses dois riscos, muitos especialistas recomendam que se diversifique seus investimentos. Ou seja, que você invista em várias empresas diferentes.

Sendo assim, caso uma delas tenha algum problema, o prejuízo será menor. E também tem uma chance maior de ele ser compensado por ganhos em outras empresas.

Riscos secundários

Outro risco importante é o de o preço das ações cair e você precisar vender de imediato por precisar do dinheiro. Isso pode fazer você ter um prejuízo que não teria caso não vendesse.

Para evitar essa situação é importante nunca investir um dinheiro que você irá precisar. E sempre ter uma reserva de emergência, investida num investimento de menor risco.

Você pode aprender mais sobre a reserva de emergência aqui.

Outra forma de evitar o risco é investir em ações com maior liquidez. Ao comprar ações que tem menos negociações, como de empresas muito pequenas, você aumenta a chance de precisar abaixar muito o preço para encontrar um comprador.

Além disso, é um risco não ficar atento as taxas e impostos. Existem muitas taxas que algumas corretoras cobram e você deve pagar imposto de renda dependendo do tamanho das suas negociações.

Nessa situação, você pode acabar gastando tanto com esses fatores que irá ter um prejuízo maior que seus lucros.

Existem também outros riscos menores, portanto é importante sempre se manter informado sobre o assunto e estudar.

Estratégias de investimento

Como o investimento em ações é uma operação de risco, é fundamental ter uma estratégia de investimento.

O que é uma estratégia de investimentos

Uma estratégia de investimentos é uma forma de planejar como você irá adquirir seus ativos. Ou seja, é uma lógica que embasa seu jeito de investir.

Todo investidor, seja iniciante ou avançado, tem uma estratégia. Até mesmo algo tão aleatório como: “eu só compro empresas com a logo azul”. Ou “eu compro ações que começam com a letra A”.

Qualquer coisa que sirva de motivo para você comprar uma ou outra, agora ou depois, é uma estratégia de investimentos.

Contudo, existem estratégias que são mais estruturadas e baseadas em estudos. Estratégias que já foram utilizadas e testadas.

E essas estratégias tem uma chance muito maior de trazer para você os resultados que você deseja. Independente de qual seja o objetivo que você tem ao investir.

Por isso, estudar as estratégias de investimentos é algo que todo investidor deveria fazer antes de comprar qualquer ativo.

Principais estratégias de investimento

Existem muitas estratégias de investimento. Algumas mais embasadas e testadas do que outras.

E qual delas escolher é uma decisão totalmente pessoal. Não existe A Melhor estratégia!

Além disso, existem estratégias diferentes, para objetivos diferentes. Você pode querer mais proteção e menos risco ou mais risco e mais retorno.

E para cada objetivo também existem várias estratégias possíveis.

Contudo, existe um critério que define as principais estratégias para os investidores. E esse critério é a Análise.

Uma estratégia de investimento com mais embasamento tem mais chance de dar para você melhores resultados. E esse embasamento vem através de uma forma de análise.

Uma análise é uma maneira de estudar uma ação e determinar se é interessante ou não para investir. E existem duas principais formas de análise: a análise técnica e a fundamentalista.

A análise técnica é uma forma de análise que se baseia no desempenho histórico dos preços da ação. Nela, a principal ferramenta é o gráfico.

Portanto, na análise técnica o critério mais importante é o preço. E o objetivo do analista técnico é prever se o preço irá cair ou subir pelo gráfico da ação.

Já a análise fundamentalista se baseia principalmente na empresa por trás da ação. Assim, ela busca definir os fundamentos da empresa, que podem ser positivos ou negativos.

A análise fundamentalista acredita que se a empresa possuir um bom desempenho, tem uma chance maior de crescer no futuro. E se a empresa crescer, o acionista terá maior lucro.

Se você quiser aprender mais a fundo sobre a diferença entre essas duas análises, confira nosso guia sobre a diferença entre análise técnica e fundamentalista.

Como começar a investir em ações

Agora você já sabe o básico para começar a investir em ações. Ao final deste guia, vamos recomendar algumas leituras para você aprofundar ainda mais seu conhecimento.

Mas passada a teoria, é hora de começar a investir em ações na prática. Sendo assim, agora você vai aprender o passo a passo de como investir em ações.

1.      Criar uma conta em uma corretora

A primeira coisa que todos que querem investir em ações precisam fazer é criar uma conta em uma corretora. A corretora é quem faz a ligação entre o investidor e os investimentos.

Imagina ter que negociar, pessoalmente, com o banco e com as empresas para investir? A corretora faz todo esse processo para você.

Então, ela oferece de forma prática os investimentos para você escolher. Tanto os de renda fixa, como variável.

Existem várias corretoras hoje no mercado. E escolher qual delas é uma escolha muito pessoal. Recomendamos que você estude principalmente os serviços ofertados pelas corretoras.

Porque muitas oferecem plataformas de conhecimento, assessores de investimento, carteiras recomendadas, entre outros.

Também é muito importante ficar atento as taxas cobradas. E fazer um balanço entre os serviços oferecidos e os custos.

2.      Separar o dinheiro para investir e transferir para a corretora

O segundo passo, depois de criar sua conta na corretora, é transferir dinheiro para a sua conta de investimentos.

A conta de investimentos é uma conta especial dentro da corretora. É nela que você coloca o dinheiro para comprar seus investimentos. E também é lá que recebe o dinheiro que ganhar.

Contudo, é muito importante planejar bem o dinheiro que vai transferir para a conta da corretora.

Tecnicamente, você poderia transferir o dinheiro que quisesse. E investir de acordo com seu planejamento.

Mas é considerado uma boa prática transferir apenas o dinheiro que realmente vai investir. Evitando gastar impulsivamente dinheiro que você não tinha planejado.

Portanto, se planeje, calcule seus gastos, o dinheiro que tem guardado e separe para investir apenas um valor que você não precisa no momento para sobreviver.

Tendo separado apenas o dinheiro que você se sente confortável em investir, transfira para a conta da corretora.

(Geralmente é necessário fazer essa transferência através de uma conta com a mesma titularidade, ou seja, do mesmo CPF.)

3.      Acessar o home broker

O terceiro passo é acessar o site da corretora e fazer o seu login.

Depois, você deverá procurar o acesso ao home broker dentro da plataforma. Isso varia de corretora em corretora. Na dúvida, procure o suporte.

Algumas corretoras oferecem uma versão simplificada do home broker. Mais acessível aos iniciantes.

No home broker você terá acesso a todas as ações. Para pesquisar uma ação, procure pelo ticket da empresa que você está interessado. Essa informação é fácil de achar no google.

Vai aparecer para você uma interface para fazer uma oferta. Geralmente, intituladas como Comprar ou Vender.

Nessa interface você pode digitar o número de ações que deseja comprar ou vender e o preço da oferta.

Então, sua oferta será colocada no mercado. E caso ela seja aceita por outro investidor, a troca acontece automaticamente.

4.      Escolher a sua primeira ação

Mais uma vez é importante relembrar que esse texto não é uma recomendação de investimento.

Porém, se você tem certeza que investir em ações é para você e acredita que é a hora de investir, você precisa escolher sua primeira ação.

Para isso, é preciso ter em mente a sua estratégia de investimento. Se você ainda não escolheu uma, pare aqui pesquise sobre o assunto.

Então, use a sua estratégia para encontrar a primeira ação que você irá comprar.

Lembre-se, muitos especialistas recomendam a diversificação da sua carteira. Portanto, pode ser adequado escolher um número maior de ações, em vez de investir tudo num lugar só.

Essa etapa é muito importante, por isso pesquise muito bem antes de tomar essa decisão. E busque um consultor de investimentos autorizado se precisar.

Uma vez tomada a sua decisão, siga o terceiro passo para realizar a compra.

5.      Fique atento a questão tributária

Depois de comprar suas primeiras ações, o processo ainda não acabou.

Sempre que você fizer uma operação na bolsa de valores, você precisa declarar imposto de renda.

Portanto, é essencial ficar atento a questão tributária. Tanto para o que você precisa declarar ou pagar.

Se você ainda tem dúvidas sobre esse assunto, você pode ler o nosso guia sobre tributação de ações.

Você pode ainda procurar um contador especializado, para ajudar você com toda a parte legal.

Como estudar mais sobre ações

Agora você já está pronto para investir em ações. Contudo, um bom investidor nunca para de estudar.

Por exemplo, você precisa se aprofundar na sua estratégia de investimentos. Além disso, pesquisar novas estratégias, que podem mudar a forma como você pensa.

Aliás, também é importante acompanhar as notícias e saber o que está acontecendo na economia e com as empresas.

Nesse caso, é preciso estar informado, para saber como os acontecimentos podem afetar suas decisões de investimento.

Afinal, as coisas mudam com o tempo e o que fazia sentido um ano atrás, pode mudar de uma hora para a outra.

Portanto, agora é hora de procurar mais informações e aprofundar ainda mais sobre os investimentos, ações e negócios.

Para isso, separamos uma série de recomendações de leitura e vídeos, para você aprender ainda mais.

Livros:

  • O Mais Importante para o Investidor
  • Investimentos inteligentes: Estratégias para multiplicar seu patrimônio com segurança e eficiência
  • Investindo em Ações no Longo Prazo
  • O Investidor Inteligente
  • Do 1000 ao Milhão, Sem Cortar o Cafezinho
  • Batendo o Mercado: Histórias e estratégias vencedoras

Vídeos:

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Lembre-se, o conhecimento é sempre o melhor investimento.

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